Hoje eu preciso falar de coisas óbvias como se fossem especiais, estamos em
queda. Não se trata de ideologia ou de bons e maus, mas de conceitos básicos que
colocam a existência nacional em questão. O Estado não tem lugar para todos e no fim débito = crédito, alguém sempre paga as contas.
Não me importa se gostas de abrir garrafas de whisky
todos os dias e ter acesso aos vários corpos que pernoitam pela capital, de facto,
não importa. O problema começa quando a promiscuidade torna-se um modus vivendi. Não é moralismo, é economia. Quando vejo um
conjunto de jovens embriagados e mulheres dedicadas à profissão do Velho
Testamento, estou diante de jovens que podiam estar contribuindo para o
desenvolvimento do país, mas estão ali sem talento nenhum e rodando em copos e
corpos até que uma embaixada humana os evacue para Portugal. Jovens financiados pelo capital gerontocrático, Jovens financiados por padrastos, pederastas e todos os moralistas do país que oferecem carros, casas e talão de combustível do Estado aos amores.
Os que ficam olham para isso com olhos elitistas e
acham que são jovens perdidos indo em busca de subempregos e falam agora que
devemos evitar Lisboa por ter santomenses demais… ledo engano, eu só olho o
nosso Sistema do INSS falir e todos aqueles que acreditam que terão reforma
acabar sem ter capital o suficiente para não ser confundido com feiticeiros
na terceira idade, geralmente, é este o destino dos pobres velhinhos descapitalizados.
Por fim, uma elite presa na ideia de cacau e café,
reproduzindo discurso saudosista de um STP irreal enquanto se deixa de lado o
potencial tecnológico, a ciência e a produtividade. O país parece estar preso
agora em fazer da ilha um retiro de férias para os santolas que se deram bem
vir aqui de férias e passear em suas casas e desfilarem em seus carros enormes. E os
que ficam, servem para vassalagem? Quem está guiando esse “bateau ivre”? O que fazer com a nossa matriz económica? Quem nos acordará do sonho dos indicadores fantásticos sobre a nossa realidade?