Ah, o nazismo! Essa relíquia charmosa do século XX, que todos pensávamos ter sido convenientemente incinerada junto com os arquivos de Hitler em 1945. Que ingenuidade a nossa, não é? Afinal, quem diria que uma ideologia baseada em bigodes ridículos, discursos histéricos e um amor desmedido por uniformes pretos poderia sobreviver às bombas aliadas e aos julgamentos de Nuremberga? Pois é, queridos leitores, o nazismo não morreu, ele apenas tirou umas férias prolongadas na sombra, esperando o momento perfeito para voltar à cena europeia com um novo guarda-roupa: ternos elegantes, tweets inflamados e um verniz de "preocupação com a imigração". E agora, em 2025, com a economia aos trancos, refugiados batendo à porta e a União Europeia parecendo um barco furado, as condições estão ideais para o grande comeback ou a volta dos que nunva foram. Vamos rir juntos dessa piada cruel, enquanto exploramos como o nazismo se espalhou pela Europa como um vírus gripal, inspirou cópias baratas na América Latina e, oh ironia das ironias, renasce hoje como o "novo fascismo" em partidos que juram ser apenas "patrióticos" ou defensores fos valores da família tradicional. E para nós, africanos? Preparem o arroz e os feijões, porque o pior pode estar a caminho: um colonialismo 2.0, mais violento e excludente do que nunca.
A Expansão Europeia do Nazismo: Uma Viagem Turística pelo Ódio Organizado
Lembrem-se, por favor, da década de 1930: a Alemanha, ainda de ressaca com o Tratado de Versalhes, inventa o Partido Nacional-Socialista (NSDAP) como se fosse a solução mágica para todos os males: desemprego, judeus, comunistas, tudo num só pacote! Hitler, com o seu carisma de vendedor de aspiradores, exporta essa maravilha ideológica pela Europa inteira, prometendo um "espaço vital" que basicamente significava "roubar tudo dos vizinhos". Que sucesso! Na França, o Partido Popular Francês (PPF) de Jacques Doriot aplaude de pé, adotando o antissemitismo como se fosse a nova moda parisiense. Na Grã-Bretanha, Oswald Mosley funda a União Britânica de Fascistas (BUF) em 1932, desfilando com camisas negras e sonhando com um império britânico "purificado", ah, o bom e velho tempo em que o fascismo era exótico!
E não para por aí: na Roménia, a Guarda de Ferro de Codreanu mistura misticismo com matanças, como um cocktail letal. Na Hungria, o Partido da Cruz Flechada de Szálasi implementa políticas que fariam Himmler corar de inveja. Na Espanha, a Falange de Primo de Rivera alia-se a Franco, recebendo aviões alemães como presente de aniversário durante a Guerra Civil. Até na Noruega, Países Baixos e Suécia, partidos nacional-socialistas brotam como cogumelos após a chuva, colaborando alegremente com a ocupação nazi. Era uma verdadeira fraternidade europeia: propaganda, milícias e um ódio partilhado por "inferiores". Quem poderia imaginar que isso acabaria mal? Ironia suprema: o nazismo uniu a Europa... na destruição.
Na América Latina: O Nazismo Vai de Férias Pagas
Mas o nazismo, esse turista incansável, não se contentou com a Europa. Cruzou o Atlântico para a América Latina, onde ditadores locais o receberam com tapetes vermelhos e asas de galinha. Durante a guerra, embaixadas alemãs espalhavam panfletos antissemitas no Brasil, Argentina e Chile como se fossem convites para uma festa. Após 1945? Ouro puro! Eichmann e Mengele fogem para a Argentina de Perón, que os trata como heróis de férias. Partidos? Ora, o Movimento Integralista Brasileiro (AIB) de Plínio Salgado, com uniformes verdes e saudações hitlerianas, tenta um golpe em 1938, quase um remake tropical de Munique!
Na Argentina, o Partido Nacionalista Tácito sussurra teorias conspiratórias; na Colômbia, o Movimento Latino Nacional de Carlos Lehder (o amigo de Escobar) grita supremacia branca nos anos 80. No Chile, o Movimento Nacional-Socialista local ecoa Berlim, e ex-nazis como Klaus Barbie treinam ditaduras bolivianas e paraguaias em torturas "eficientes". Esses movimentos moldaram regimes militares nos anos 70 e 80, com desaparecimentos que pareciam saídos de um manual da Gestapo. Ironia? Enquanto a Europa se "reconstruía" com o Plano Marshall, a América Latina importava o pior do Velho Mundo, misturando-o com desigualdades locais para um fascismo com sabor a samba e tango.
O Novo Fascismo na Europa Atual: Partidos "Patrióticos" com um Toque Retrô
E agora, o gran finale irónico: o nazismo volta, mas com rebranding! Não mais suásticas, isso seria démodé , mas discursos "razoáveis" sobre "proteger a cultura europeia". Tomem a Alternative für Deutschland (AfD), na Alemanha: em 2025, já é o segundo partido mais votado, defendendo deportações em massa e minimizando o Holocausto como "exagero histórico". Que delicadeza! É o nazismo light, para quem quer ódio sem o peso da culpa. Na França, o Rassemblement National de Marine Le Pen, herdeiro do antissemitismo paternal, ganha eleições com promessas de "França para os franceses" ,ou seja, barrar muçulmanos e africanos, porque, claro, a diversidade é o verdadeiro inimigo.
Na Itália, os Irmãos da Itália de Giorgia Meloni governam desde 2022, com raízes fascistas que ela jura terem sido "mal interpretadas". Na Grécia, o legado do Amanhecer Dourado (banido, mas não morto) inspira neonazis a apunhalar imigrantes. E na Hungria? Viktor Orbán, com o seu Fidesz, constrói "muros" e ataca a UE como "conspiração globalista" ecoando Hitler, mas com memes no Facebook. Esses partidos, o "novo fascismo", exploram crises migratórias e económicas como os nazis exploraram a hiperinflação. Condições propícias? Absolutamente: polarização digital, fake news e um eleitorado cansado de "politicamente correto". Riam, porque é hilário: a Europa, ciente da história, vota no seu repeteco.
O Que a África Deve Esperar: Um Colonialismo 2.0, com Drones e Discursos "Humanitários"?
E nós, em África? Ah, a cereja irónica no bolo podre. Essa "nova guinada fascista" na Europa não é só um problema deles, é uma ameaça exportável, um modelo colonialista reinventado para o século XXI. Imaginem: enquanto a AfD sonha com deportações, o que impede que isso se traduza em políticas externas mais agressivas? Já vemos sinais: acordos migratórios que tratam africanos como "carga indesejada", financiando milícias na Líbia para bloquear travessias, ou "ajuda ao desenvolvimento" que na verdade explora recursos minerais moçambicanos e angolanos com contratos leoninos. O novo fascismo promete "segurança europeia", mas para nós significa um colonialismo violento e excludente: drones sobre fronteiras sul-saarianas, sanções seletivas contra "regimes instáveis" (leia-se: quem não obedece), e uma retórica que pinta África como "fonte de caos" ecoando o racismo nazi, mas com linguagem corporativa.
Devemos preparar-nos para o pior? Ora, por que não? Com o Rassemblement National podendo ganhar em França em 2027, e a AfD pressionando Merkel 2.0, espere mais "missões de paz" que são invasões disfarçadas, mais extração de lítio e cobalto sem partilha de lucros, e uma UE que prioriza "fortaleza Europa" sobre solidariedade global. Moçambique, com a sua instabilidade no norte, pode ser o próximo alvo de "intervenções humanitárias" que beneficiam empresas francesas ou alemãs. O nazismo não morreu; ele evoluiu para um fascismo globalizado, onde o excludente é "sustentável". Riamos agora, mas preparemo-nos: educação, alianças sul-sul e democracias fortes são a nossa vacina. Caso contrário, o fantasma não só voltará como também rará bagagem extra.
VIsões Do Fim: já perdemos
Temos um exemplo flagrante dessa "amizade entre amigos de amigos", que ilustra perfeitamente o cinismo da máquina global. Ontem, no coração de Doha, no Qatar, o suposto mediador neutro –, um bombardeamento israelita atingiu uma delegação do Hamas em pleno processo de negociações para um acordo de paz. O governo de Netanyahu, com a precisão de um cirurgião bélico, viu ali a oportunidade dourada para eliminar a "elite terrorista". Afinal, em nome da cruzada contra os "terroristas", tudo vale: bombas em capitais estrangeiras, diplomacia em ruínas e civis como dano colateral. Ironia suprema: por que ações semelhantes não acontecem na Coreia do Norte, esse bunker nuclear intocável? A resposta é brutalmente simples, a bomba atómica como dissuasor supremo. Talvez a única "paz" viável seja mesmo a paz nuclear, um equilíbrio de terror mútuo que recuso veementemente aceitar. Como africano em África, privado de tecnologia avançada, do básico essencial e armado apenas com tratados éticos frágeis, sinto-me impotente perante a violência implacável dessa MÁQUINA DO MUNDO, que esmaga os fracos sem pestanejar. Os novos fascistas estão a caminho, e o que nos resta? Discursos morais vazios para combater uma guerra que já perdemos há décadas. Essa gente saudosista do mercado colonial, que especula com capitais enquanto convive serenamente com os horrores do próprio povo – sem moradia, sem dignidade. Essa gente... "Eles passarão, eu passarinho",
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